sábado, 4 de dezembro de 2010

Senso Comum


Senso comum

(ou conhecimento vulgar) é a primeira suposta compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências actuais que continuam sendo efetuadas. O senso comum descreve as crenças e proposições que aparecem como normal, sem depender de uma investigação detalhada para alcançar verdades mais profundas como as científicas.
Quando alguém reclama de dores no fígado, esta pessoa pode fazer um chá de boldo que já era usada pelos avós de nossos avós, sem no entanto conhecer o princípio ativo (substância química responsável pela cura) das folhas e seu efeito nas doenças hepáticas. Ao mesmo tempo, quando atravessamos uma rua nós estimamos, sem usar uma calculadora, a distância e a velocidade dos carros que vem em nossa direção. Estes exemplos indicam um tipo de conhecimento que se acumula no nosso cotidiano e é chamado de senso comum e se baseia na tentativa e erro. O senso comum que nos permite sentir uma realidade menos detalhada, menos profunda e imediata e vai do hábito de realizar um comportamento até a tradição que, quando instalada, passa de geração para geração.
No senso comum não há análise profunda e sim uma espontaneidade de ações relativa aos limites do conhecimento do indivíduo que vão passando por gerações, o senso comum é o que as pessoas comuns usam no seu cotidiano, o que é natural e fácil de entender, o que elas pensam que sejam verdades, e que lhe traga resultados práticos herdados pelos costumes.

Existem pessoas que confundem senso comum com crença, o que é bem diferente. Senso comum é aquilo que a gente aprende em nosso dia a dia e que não precisamos nos aprofundar para obtermos resultados, como por exemplo uma pessoa que vai atravessar uma pista, ela olha para os dois lado, a pessoa não precisa calcular a velocidade média, a distância, ou o atrito que o carro exerce sobre o solo, a pessoa simplesmente olha e decide se dá para atravessar ou se deve esperar.
É muitas vezes sem lógica, e considerado parecido com o mito. Não é de todo falso nem verdadeiro. É o conjunto de ideias superficiais sobre a realidade, que são transmitidas pela oralidade e pela tradição. É um conhecimento quotidiano, prático que não precisa de comprovação científica. Compreenção de todas as coisas pelo saber social adiquiridos pela experiência, vivida ou ouvida, e pelo quotidiano. É o conjunto de costumes, hábitos, tradições, normas éticas e tudo aqulo que se necessita para o bem viver...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Qual a Definição da felicidade .... ???



Busto de Aristóteles (384-322 a.C)
Artigo escrito em 2005
Atividade de Filosofia da Educação - USJT
TEMA: Analise da definição aristotélica de felicidade: “a felicidade (eudaimonia) é uma atividade da alma, segundo a virtude perfeita, numa vida completa”.


A primeira pergunta de Aristóteles na ‘Ética a Nicômaco’ é sobre o que é o bom ou o bem. Se o livro inicia com o questionamento, há também uma afirmação: todo o indivíduo, assim como toda ação e toda escolha, têm em mira um bem e este bem é aquilo a que todas as coisas tendem. O fim de nossas ações é o Sumo Bem, mas, como o conhecimento de tal fim tem grande importância para nossa vida, devemos determiná-lo para saber de qual ciência o Sumo Bem é objeto.
Tal ciência é a ciência mestra (que é a Política) e seu estudo caberá à Ética. É objeto da política porque as ações belas e justas admitem grande variedade de opiniões, podendo até serem consideradas como existindo por convenção, e não por natureza. O fim que se tem em vista não é o conhecimento do bem, mas a ação do mesmo; e esse estudo será útil àqueles que desejam e agem de acordo com um princípio racional, por isso não será útil ao jovem que segue suas paixões e não tem experiência dos fatos da vida.
Mas, se todo o conhecimento e todo trabalho visam a algum bem, qual será o mais alto de todos os bens? O fim certamente será a felicidade, mas o vulgo não a concebe da mesma forma que o sábio. Para o vulgo, a felicidade é uma coisa óbvia como o prazer, a riqueza ou as honras; aqueles que identificam a felicidade com o prazer vivem a vida dos gozos; a honra é superficial e depende mais daquele que dá do que daquele que recebe; a riqueza não é o sumo bem, é algo de útil e nada mais.
Dessa forma, devemos procurar o bem e indagar o que ele é. Mas, se existe uma finalidade para tudo o que fazemos, a finalidade será o bem. A melhor função do homem é a vida ativa que tem um princípio racional. Consideramos bens aquelas atividades da alma, a felicidade identifica-se com a virtude, pois à virtude pertence a atividade virtuosa. No entanto, o Sumo Bem está colocado no ato, porque pode existir um estado de ânimo sem produzir bom resultado:
“Como no homem que dorme ou que permanece inativo; mas a atividade virtuosa, não: essa deve necessariamente agir, e agir bem".
Sendo a felicidade a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo e tendo-na identificado como uma atividade da alma em consonância com a virtude, não sendo propriamente a felicidade a riqueza, a honra ou o prazer, etc; a felicidade necessita igualmente desses bens exteriores, porque é impossível realizar atos nobres sem os meios:
“O homem feliz parece necessitar também dessa espécie de prosperidade; e por essa razão, alguns identificam a felicidade com a boa fortuna, embora outros a identifiquem com a virtude".
Por isso, pergunta-se se a felicidade é adquirida pela aprendizagem, pelo hábito ou adestramento; se é conferida pela providência divina ou se é produto do acaso. Se é a felicidade a melhor dentre as coisas humanas, seguramente é uma dádiva divina – mesmo que venha como um resultado da virtude, pela aprendizagem ou adestramento, ela está entre as coisas mais divinas. Logo, confiar ao acaso o que há de melhor e mais nobre, seria um arranjo muito imperfeito. A felicidade é uma atividade virtuosa da alma; os demais bens são a condição dela, ou são úteis como instrumentos para sua realização.



Platão e Aristóteles, no quadro A Escola de Atenas (1509-11) de Rafael
Em sua Ética, Aristóteles pergunta: como o homem deve viver, do que precisa para uma boa vida? Qual é o seu bem supremo? A resposta é: a felicidade (eudaimonia). Ele cita três formas em que se crê no alcance da felicidade: uma vida de prazeres ou gozos, uma vida com honra, ou política, e uma vida como filósofo. Aristóteles descarta a honra como felicidade, pois esta não é uma coisa interior, mas sim uma coisa que é conferida à pessoa por terceiros. Toda ação tende para um fim. Temos virtude porque agimos corretamente. Nada deve ser em falta ou em excesso, tudo no meio termo, ou moderadamente. A amizade é um auxílio à felicidade, que só encontramos pura em nós e do conhecimento da nossa alma. Aristóteles fala do homem ideal, que não se preocupa em demasiado, mas dá a vida nas grandes crises. Não tem maldade, não gosta de falar, enfim é pouco vaidoso.
A análise do texto aludido leva-nos à conclusão de que, em sua ética, Aristóteles preocupa-se, acima de tudo, com o bem humano. Esse bem é determinado por dois fatores:
1) um fator bastante constante, a natureza humana, que se constitui de uma série de elementos corporais ligados a uma forma dinâmica por ele chamada de alma (psyché, donde se origina o adjetivo psíquico).
2) um segundo fator variável, o conjunto de circunstâncias concretas, chamadas pelos gregos de ocasião.
O homem que consegue organizar as possibilidades de sua própria natureza (sem rebaixá-las nem superestimá-las) e ainda leva em conta as circunstâncias que o rodeiam, utilizando-as como apoio e não como obstáculo à sua ação, alcança o bem que deseja, isto é, consegue levar uma boa vida.
Essa boa vida, que todo ser humano almeja, é o que chamamos de felicidade (eudaimônia), que se refere a uma certa forma de viver - não se trata de um estado, mas sim de uma atividade do homem; tal atividade deve seguir certas normas coerentes com a natureza humana - no entanto, como a natureza humana é complexa e muitas vezes apresenta tendências opostas, é preciso submetê-la a certas regras ou critérios racionais que a equilibrem - conseguir esse equilíbrio é o que Aristóteles chama de possuir a virtude, componente essencial da felicidade.A virtude impede que tendências opostas entrem em choque trazendo efeitos destrutivos para o ser humano.
Aristóteles distingue dois tipos de virtude:
1) as virtudes intelectuais ou virtudes da mente.
2) as virtudes morais, que consistem no controle das paixões, movimentos espontâneos do caráter humano.
A virtude não é, diversamente da felicidade, uma atividade, senão que um hábito, ou maneira habitual de ser; como tal, não pode ser adquirida da noite para o dia, porque depende de muito exercício - repetindo certos atos o homem acaba por transformá-los numa segunda natureza, isto é, numa disposição (e não atividade) para no futuro agir sempre da mesma forma.
O processo é sempre o mesmo, sejam os atos bons ou maus: no primeiro caso temos a virtude e, no segundo, o vício.



Quando se adquire uma virtude, age-se de acordo com ela sem esforço e com prazer, porque se age de acordo com a própria natureza; o vício, ao contrário, acaba por trazer desprazer uma vez que se coloca contra a natureza.
A atividade daquele que age de acordo com os bons hábitos que adquiriu durante a maior parte de sua vida é o que chamamos de felicidade.A felicidade mais perfeita é a que se baseia no exercício da virtude igualmente mais perfeita, da virtude de maior excelência, a sabedoria, que é a contemplação das verdades fundamentais da ciência e da filosofia. Também a felicidade mais auto-suficiente, porque não precisa de bens materiais para se efetivar.
Vimos, portanto, que o objeto da ética aristotélica é o estudo da felicidade como supremo fim ou bem do ser humano. Mas, como a condição fundamental para a realização da felicidade é a virtude, e esta só pode ser adquirida mediante exercício e esforço, o homem tem que desenvolver mecanismos de ação que garantam a sua aquisição.Tais mecanismos são a educação e as leis. A educação deverá desenvolver no homem os hábitos virtuosos; as leis organizarão e protegerão o exercício da virtude pelos membros da sociedade.
Aristóteles aplica o termo Política a um assunto único - a ciência da felicidade humana - subdividido em duas partes: a primeira é a ética e a segunda é a política propriamente dita. A felicidade humana consistiria em uma certa maneira de viver, e a vida de um homem é resultado do meio em que ele existe, das leis, dos costumes e das instituições adotadas pela comunidade à qual ele pertence. A meta da Política é descobrir primeiro a maneira de viver que leva a felicidade humana, e depois a forma de governo e as instituições sociais capazes de assegurar aquela maneira de viver. A primeira tarefa leva ao estudo do caráter, objeto da Ética a Nicômaco; a última conduz ao estudo da constituição da cidade-estado, objeto da Política. Esta, portanto, é uma seqüência da Ética, e é a segunda parte de um tratado único, embora seu título corresponda à totalidade do assunto.
A Política é, assim, aquela ciência cujo fim é "o bem propriamente humano" e este fim é o bem comum. Por isso, Aristóteles considera a política e a ciência prática "arquitetônica", isto é, que estrutura as ações e as produções humanas.
A ética grega é uma ética natural, finalista, procura um fim, um bem determinado: a felicidade. Essa finalidade só se encontra na comunidade política de Aristóteles.
Para os gregos o ser humano é natural. Mas infelizmente, hoje, nós perdemos essa idéia de natural, porque temos todo o artifício científico. Para Aristóteles o homem é um animal (bicho) como todos os outros. Mas esse bicho tem uma grande diferença: ele pensa. Ele tem a mesma dimensão de um animal, porém pensante. Um animal que se autodireciona graças a sua inteligência e sua liberdade, isto é, ele é capaz de se propor uma direção de vida. Os outros seres são fatalmente submetidos às leis biológicas. O animal humano segue uma trajetória em direção a sua realização.
O ser humano é aquele que nasce o mais imperfeito de todas as criaturas e os outros animais nascem mais ou menos com tudo aquilo que eles precisam e alguns já nascem até capazes de providenciar sua subsistência. Eles nascem completos no seu roteiro biológico. Já os seres humanos nascem muito mais incompletos. Isto é, o ser humano nasce com capacidade de alcançar sua meta. Essa meta é uma potencialidade que está em mim. Eu posso realizá-la ou destruí-la.
Dessa forma, o homem é um animal perigoso e muito limitado num ponto absolutamente importante: sua finalidade (fim) ou como se diz no jargão filosófico: ele tem que realizar a sua causa final.
Portanto, a realização do homem está entregue em suas mãos. Ele nasce sem sua finalidade conquistada. Muito pelo contrário, está tudo por começar. Por isso ele segue uma trajetória em direção à sua felicidade a ser conquistada. Essa trajetória passa pela família (primeira educação, a raiz), pela aldeia (o agrupamento humano, seria o tronco) e finalmente chega à comunidade política (que seria a copa da árvore). A convivência política é onde o homem se realiza perfeita e plenamente. Só assim é que ele alcança a plenitude da sua natureza.
O homem só alcança sua plenitude na comunidade. Ninguém alcança a felicidade solitariamente. Ninguém é feliz sozinho. Nós somos sempre felizes na solidariedade da comunidade política. Nós precisamos viver em sociedade.
A ética individual é a ética das virtudes morais e pessoais. Está subordinada à ética pública, ou seja, à comunidade política. Ela se guia pela única virtude que é a da justiça.
A meta da ética e da política é única: a felicidade, ou seja, a vida boa e virtuosa. É a realização do ser humano. A vida feliz não é uma simples satisfação ou contemplação interior. Não é uma satisfação da alma, minha, privativa. A felicidade não é meramente contemplação, ela é uma conquista, uma construção árdua e muito difícil. Exige o autodomínio. A formação do caráter.
Notem bem que Aristóteles não perde, na sua ética, a eliminação da paixão. É importante ter sensualidade, ter paixões, mas moderada, disciplinada. A coragem, por exemplo, é a virtude, o meio termo entre a covardia e a audácia. A virtude da coragem, por exemplo, equilibra o medo. A virtude da justiça modera a paixão pelo lucro. Enfim, a virtude é um meio termo, é o termo de equilíbrio entre excessos. Quem tem virtudes conquista a si mesmo. É o triunfo da razão sobre a sensibilidade, é a conquista da harmonia.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Comportamento Mentiroso

Comportamento mentiroso
Qui, 08 de Janeiro de 2009 18:10
Luiz Carlos Crozera
O comportamento “mentiroso”:
A mentira é um costume desenvolvido pela cultura e pelas relações humanas e, em cada sociedade a intensidade e motivo deste comportamento pode variar.

A educação que cada pessoa recebe em seu grupo familiar também é fundamental para determinar a relação que cada um estabelece com a mentira.

Em geral, a primeira relação que as crianças têm com a mentira é que não se deve fazer isto !...nem aquilo !, que é feio!... e muitas vezes são cobradas para que falem a verdade e até castigadas se não fazem tal coisa. O problema é que, por diversos motivos, a posição dos adultos costuma ser contrária aos valores que até então tentou passar para a criança em relação a mentira.

É comum a criança correr para atender o telefone e ao mesmo tempo o pai ou a mãe manda dizer que: “diga que não estou !!!...” ao telefone, quando não deseja falar com alguém ou até mesmo diz-se que acabou um doce que a criança quer quando isto não é verdade, são exemplos de mentira que a criança pode perceber, constatando que os adultos fazem exatamente o que dizem que não se faz.

A necessidade de mentir:
A necessidade de mentir passa por questões de esquiva de compromissos indesejados, medo da reação do outro frente a comportamentos geradores de atrito, medo das conseqüências da desobediência de leis e da transgressão de valores e outros motivos.

A mentira, quase sempre, permite que a pessoa possa escapar imediatamente de situações difíceis e, é por isto que esta prática fica tão fortalecida culturalmente. O problema é que a mentira pode ocasionar outros problemas, que podem ser graves e que podem demorar a acontecer. As relações podem ficar prejudicadas e outras coisas complicadas podem acontecer como resultado de mentiras. Dependendo da situação, o encobertar uma verdade pode gerar traumas, fobias, sindromes, desvios comportamentais no futuro.

Relação adulto - criança:
Quando, desde pequena, a criança consegue espaço para falar claramente sobre o que fez e pensa, sem que seja punida por causa disto, geralmente desenvolve um relacionamento mais verdadeiro com as pessoas e coisas à sua volta porque se sente mais à vontade para assumir determinadas situações. Neste tipo de relação os adultos devem ter uma postura sem as contradições já ditas e, ao invés de punir, devem explicar porque as coisas não podem ser daquela maneira com argumentos seguros e confiáveis, ensinando comportamentos responsáveis.

Quando a criança passa por situações de punição severa dentro de casa, cada vez que assume alguma coisa para os adultos com quem se relaciona, é muito provável que ela desenvolva o hábito de mentir sobre isto para se livrar do aversivo, com isso a criança, quando se tornar adolescente buscará refugio nos amigos ao invés da família.

Vale salientar que a criança até atingir os 6 ou 7 anos de vida passa pela fase da formação psicológica, e nesse período todo cuidado é pouco para educa-las.

Jovem Suicida

Jovem suicida
Qui, 08 de Janeiro de 2009 18:24
Luiz Carlos Crozera
Tenho sempre estimulado a Vida, nas suas mais variadas manifestações, mas … enquanto fazia o planejamento deste artigo, o telefone tocou e tirou minha concentração. Era um amigo que havia me ligado para dar uma notícia deveras triste: - um jovem, amigo da família havia direcionado e-mail para todos seus amigos, e parentes, reportando que iria se ausentar, decidiu fazer uma longa viagem; quando seu computador enviou a última mensagem ele se atirou do 16ºandar de um prédio em Salvador. Sem dúvida é uma das mais trágicas formas que marcam o final da existência.
O Suicídio entre os jovens

O suicídio a nível geral é uma das mais graves conseqüências dos que vivem a nível psíquico seriamente perturbados. A tensão nervosa quando envolve conflitos intrapsíquicos de gravidade muito acentuada, transtorna tão alucinadamente o psiquismo, que a pessoa vê a morte como única solução. De nada valem as riquezas materiais, a fama e glória, quando interiormente se vive no tédio, numa amargurante angústia sem encontrar solução nem saída para esses estados psíquicos.
É muito comum o suicídio de artistas famosos, que deslumbraram multidões, que lhes parecia tudo possuírem … mas seguramente viviam numa insatisfação interior, porque não era certamente o que tinham, aquilo que psicologicamente necessitavam, e levou-os a perderem o sentido de Vida! Os suicídios verificam-se freqüentemente em idades que marcam fronteiras na existência: a puberdade, a adolescência, e entre a maturidade e a velhice. Pôr vezes as tentativas de suicídio são preparadas inconscientemente de tal modo que o suicida pode ser salvo a tempo. É deveras lamentável que a mais drástica conseqüência da trágica desmotivação de viver aumente numa dimensão assustadora de ano para ano. As estatísticas nos Estados Unidos revelam que desde a década de 50 o índice de suicídios entre os indivíduos dos 15 aos 24 anos quase triplicou.
Considera-se o suicídio como a terceira causa de morte nestas idades, depois dos acidentes e do homicídio. Um profundo estudo igualmente realizado nos Estados Unidos demonstrou que 50% de todas as tentativas de suicídio entre os adolescentes são realizadas como conseqüência do mau ambiente familiar. O desamor entre a humanidade, iniciado na célula de qualquer sociedade – a família (a hiperproteção não é sinônimo de afetividade); os conflitos que geram conflitos; as agressões físicas sobre as crianças; os gritos apavorantes com que as repreendem (uma forma de libertar os adultos frustrados e desencontrados das suas misérias interiores), provocam uma grave desorganização na personalidade em crescimento na criança, e desequilibra de uma forma contínua o seu sistema nervoso central. Uma grande parte dos jovens foi gradualmente perdendo o sentido de Vida, especialmente a motivação na atividade estudantil, caminhando sob pressões e opressões numa insegurança e instabilidade, quantas vezes sem rumo!… O abandono afetivo auto-compensado com dádivas materiais pôr seus pais, a falta de tempo para se dedicarem aos filhos … que saturam e insatisfazem ao longo do tempo, chantagens emocionais que culpam, uma tendência educacional orientadora e criadora duma Auto-Imagem, que confunde e desencontra o indivíduo do seu "Eu", as exigências familiares a nível escolar como os mais supremos valores a ostentar, sem se aperceberem do estado psíquico do jovem que afeta indubitavelmente a atividade intelectual, bloqueando a concentração e a memorização. Todas estas causas e muitas mais dão origem a uma desorientação, desequilíbrio emocional, premente necessidade de fuga da realidade, resultando num aturdimento da mente.
Alguns psicanalistas afirmam que o suicida adolescente não se apercebe totalmente da natureza da morte, e para ele o suicídio é um grito angustiante e desesperador que reclama ajuda e atenção ou também uma forma de vingança sobre o mundo que o torturou e o lançou no caos.
Estudos sobre o suicídio têm demonstrado que muitos e muitos jovens estão em estado de depressão profunda. Psicologos, psiquiatras e psicanalistas consideram que o ponto de maior risco no suicídio não coincide com o auge da depressão, situação psíquica caracterizada pôr desmotivação, desinteresse, pôr uma letargia e lentidão de raciocínio, um adormecimento em relação à realidade, que o jovem gradualmente procura ignorar, mas sim o maior risco inicia-se quando a inatividade começa a tornar-se menos acentuada. A realidade que rejeita começa a vislumbrar-se e a necessidade de fuga ou de chamamento de atenção é mais radical. A idéia do suicídio começa a agravar-se e a apoderar-se cada vez com mais força da mente do jovem em perfeito estado de revolta e solidão. A ausência de diálogo, pôr causas variadas, habita em quase todos os lares, afetando profundamente os jovens na puberdade ou na adolescência, que existem como ilhas separadas pôr correntes dos restantes elementos, que em ilhas também se tornaram!!!
É quase tabu dialogar sobre os sentimentos que intrinsecamente afetam melhor ou pior a alma de cada um! As tentativas de suicídio constituem advertências para aqueles que estão à sua volta, desvendam uma grave doença psíquica e testemunham profundas carências de Amor!
Inconscientemente o suicida quer castigar aqueles pôr quem se sente mal amado. Ele tenta arrastar o "outro" ou outros na sua morte. Tem uma necessidade de culpar, pôr vezes inconscientemente, porque a revolta, a rebelião tormentosa não dá tréguas. Temos como exemplo Vicent Van Gogh que já em criança e depois na adolescência atingiu o auge do sofrimento humano que se prolongou incessantemente … até perder a lucidez e atingir a loucura.
Quantos adolescentes de hoje atingem o esgotamento psíquico e perdem pôr vezes também a lucidez mental?!!! Van Gogh entre um período de lucidez e as descompensações da doença que o levaram a matar-se escreveu: "O suicídio faz com que os amigos e familiares se sintam seus assassinos".
Situação de grande risco que pode conduzir também ao suicídio é a dependência química, que é um processo lento e desesperado de suicídio. Esta forma macabra de terminar com a existência não conhece fronteiras e ocorre em todos os estratos sociais. Em todo o mundo suicidam-se diariamente 2000 pessoas. Nos Estados Unidos, pôr exemplo, o número oficial de mortes pôr suicídio é de 30 000 pôr ano ou quase 100 pôr dia.
É curioso saber que as mulheres, adolescentes ou adultas fazem 3 vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto de um modo geral, é mais grave no sexo masculino, porque, pôr razões ainda não inteiramente esclarecidas o homem tem tendência a matar-se com armas de fogo, afogamento, pôr enforcamento, ou saltando de grandes altitudes, enquanto que o sexo feminino recorre mais ao envenenamento (possivelmente esse fato deve-se às induções adquiridas em doses homeopáticas dos meios televisivos).
A nível genérico podemos considerar outras causas que levam ao ato desesperado e pôr vezes irracional do suicídio, como situações de traição e infidelidade que abalam a estrutura arquitetônica da Confiança, alicerce fundamental onde se sustenta o castelo dos sentimentos afetivos, frágilizando, desestabilizando e pôr vezes destroem a afetividade dada confiantemente, conduzindo o indivíduo à desmotivação absoluta de qualquer sentido de Vida!
Responsabilidades de ordem material como chefes de família em ruína monetária, jogadores demasiado pressionados para o pagamento das suas dívidas, e sem controle, etc, transportam às mentes desorientadas sem mecanismos de defesa à fuga das responsabilidades existenciais, entregando-se ao sofrimento e a solidão, buscando como recurso a morte.
Quando o Homem aprender a quebrar amarras inúteis dos preconceitos, convencionais e materiais que o tolhem, aprisionam e escravizam (acabando pôr não ser mais que prisioneiro e escravo de si próprio); quando o Homem aprender a enfrentar os seus medos, e só assim poderá destruí-los; quando o Homem se interrogar: Porque corre desenfreada e ansiosamente na caminhada existencial? Para que corre? Para onde corre?!!! sem se deter para desfrutar da quietude de um entardecer, o odor duma mata, o sabor da Natureza despoluída, … ou um sorriso pleno e feliz da ingenuidade duma criança, sentir na sua alma o próprio Universo Infinito que presenteia! A humanidade a nível geral, doente psíquica, nunca tem tempo, não há tempo!!! Para quê?!… tenho que … tenho que … tenho que … violentando-se a cada passo, mas na sua maioria plenamente convencida que segue a rota certa na corrida da sobrevivência desencontrada da essência da Vida! E um dia … o Homem repara: "Esqueci-me de Viver !", e neste momento já se faz tarde, porque não soube ensinar nem teve tempo suficiente para sua família para mostrar-lhes a Arte sublime de Viver! Todas estas situações são formas de morte psicológica … não souberam alimentar a Vida dos sentimentos afetivos e são eles nas suas mais variadas expressões da Vida que dão o verdadeiro sentido ao Viver.
Última atualização em Qui, 18 de Março de 2010 23:55

sexta-feira, 26 de março de 2010

Mensagem de Amigo

O MELHOR CONSELHO DE UM PAI

Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido,
bebericando chá gelado durante uma visita à casa do seu pai.

Enquanto conversavam sobre a vida, o casamento, as responsabilidades, as
obrigações e deveres da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos
de gelo no seu copo, quando lançou um olhar claro e sóbrio para
seu filho, e disse:

Nunca se esqueça de seus amigos! - aconselhou.
Serão mais importantes na medida em que você envelhecer.
Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura
venham a ter, você sempre precisará de amigos.
Lembre-se de, ocasionalmente, ir a lugares com eles; divirta-se na companhia
deles; telefone de vez em quando...

Que estranho conselho - pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo dos
casados. Sou adulto. Com certeza minha esposa e minha família serão tudo o
que necessito para dar sentido à minha vida!

Contudo, ele seguiu o conselho de seu pai. Manteve contato com seus amigos e
sempre procurava fazer novas amizades.

À medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia
do que falava.

À medida em que o tempo e a natureza realizavam suas mudanças e mistérios
sobre o homem, os amigos sempre foram baluartes em sua vida.

Passados mais de 50 anos, eis o que o jovem aprendeu:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa...
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor se transforma em afeto.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração para sem avisar.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
Mas os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo nem quantos
quilômetros tenham afastado vocês.
Um AMIGO nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade,
torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços
abertos, abençoando sua vida!

Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabemos das incríveis
alegrias e tristezas que experimentaremos à frente, nem temos boa noção do
quanto precisamos uns dos outros...

Mas, ao chegarmos ao fim da vida, já sabemos muito bem o quanto cada um foi
importante para nós!

Remeta este texto a todos os amigos que ajudam a dar sentido à sua vida...
Eu já o fiz!

terça-feira, 23 de março de 2010

A MENTE HUMANA


Você e o resultado de sua mente - Você e o que for a sua mente. A mente age,
gerando em si mesma um estado de paz ou de agitação, de alegria ou de tristeza, de
amor ou de ódio, de riqueza ou de pobreza, de sucesso ou de fracasso, e o corpo
reage gerando bem-estar ou doenças, de acordo com o conteúdo que a mente lhe
envia.

O homem e a sua mente. O corpo e a manifestação da mente. A estrutura
humana e expressão da mente. Quando a mente se deteriora, o corpo se deteriora;
quando a mente deixa o corpo, a energia corpórea se transforma em outros tipos de
energia. O corpo, portanto, e o resultado da mente.
Como a mente e controlável, a saúde e a doença podem ser controláveis. A
mente em estado de perfeita ordem e harmonia gera um corpo em perfeita ordem e
harmonia, ou seja, em estado de saúde. Por outro lado, a mente e o agente de todos
os estados intelectuais, emocionais, sensoriais, extrasensoriais e espirituais.
Como funciona a sua mente - A mente e uma só, mas tem duas funções ou
características: mente consciente e mente subconsciente. A mente consciente e a
mente racional, objetiva; e a mente que pensa, analisa, raciocina, deduz, tira
conclusões, seleciona, censura, da ordens, determina, imagina; e a mente servida
pelos sentidos; e a mente em estado de vigília e responsável pelo que você e. A
mente subconsciente e a mente subjetiva, impessoal, não seletiva, cujo papel e
1
cumprir as ordens que recebe da mente consciente através do pensamento. Tudo o
que a mente consciente aceita como verdadeiro, a mente subconsciente também
aceita e realiza.
Nas profundezas do subconsciente residem o poder infinito, a sabedoria
infinita, a saúde infinita, enfim, todos os atributos divinos. A mente consciente age e a
mente subconsciente reage de acordo. William James, pai da moderna psicologia
americana, disse que o poder de mover o mundo esta no subconsciente. O que você
grava na mente subconsciente, esta movera céus e terras para tornar realidade física.
O subconsciente e, também, o construtor do corpo e mantém todas as suas
forcas vitais. Trabalha sempre, noite e dia, tentando ajuda-lo e buscando preserva-lo
de qualquer dano. Pode-se dizer que a mente subconsciente e universal ou cósmica,
por isso você abrange todo o universo dentro de você.
Foi Socrates quem disse que quando levantamos um dedo estamos afetando
a estrela mais distante. A mente subconsciente pode ter muitos nomes, uma vez
que ela e intima com o espirito e o espirito e infinito. Jesus dizia; Eu e o Pai somos
UM. Havia absoluta interação entre a sua mente consciente e o subconsciente, dai o
Poder Infinito do Mestre, capaz de realizar milagres a qualquer momento.
Outras pessoas falam em Eu Superior, em Mente Cósmica, em Presença
Infinita, em Poder Infinito, em Energia, Vida, assim por diante. Qualquer nome que
você de, será um nome limitado, pois você nunca abrangera toda a extensão da sua
mente, porquanto chega a um ponto em que ela se confunde com a própria divindade.
A mente subconsciente tem forca infinita, capaz de realizar todos os seus
desejos, mas nunca age por conta; ela age, de modo todo especial, determinada pelo
pensamento. O pensamento da a ordem e o subconsciente cumpre. Por isso, você e
o resultado dos seus pensamentos.
Pronto, agora você desvendou o mistério. Agora você tem a chave do reino
dos céus. Como dizia Jesus Cristo: "O reino de Deus esta dentro de vos mesmos."
A sua mente e infinita e pode percorrer todos os recantos do universo - O
uso da mente esta ainda numa faixa muito limitada e artesanal. Poucas são as
pessoas que se interessam em aprimorar as capacidades internas, vivendo apenas na
utilização de cinco ou dez por cento da mente.
Você já viu muitas pessoas dotadas, que fazem clarividência, que predizem o
que vai acontecer, que entram em contato telepático com outra pessoa, que
pressentem que algo esta por acontecer, que sonham coisas que depois se verificam,
que descobrem onde se encontra um objeto através da concentração, assim por
diante. Existem pessoas, assim dotadas, em todos os níveis sociais e culturais, entre
lavadeiras, motoristas, empregados, industriais, religiosos, professores, crianças,
adolescentes, pobres, ricos.
Infelizmente, muitos tratam de sufocar esta capacidade extra para não serem
taxados de birutas ou para não serem ridicularizados, ou, ainda, para não serem
vistos como animais raros. Todo o dom que uma pessoa tem, sempre e algo de bom,
útil e pode servir em beneficio próprio e em beneficio da humanidade.

Pare tudo , só não pare de amar .

Pare tudo , só não pare de amar .
Arguivo http://olhares.aeiou.pt/galerias/index.php?id=24&p=24