quinta-feira, 15 de abril de 2010

Comportamento Mentiroso

Comportamento mentiroso
Qui, 08 de Janeiro de 2009 18:10
Luiz Carlos Crozera
O comportamento “mentiroso”:
A mentira é um costume desenvolvido pela cultura e pelas relações humanas e, em cada sociedade a intensidade e motivo deste comportamento pode variar.

A educação que cada pessoa recebe em seu grupo familiar também é fundamental para determinar a relação que cada um estabelece com a mentira.

Em geral, a primeira relação que as crianças têm com a mentira é que não se deve fazer isto !...nem aquilo !, que é feio!... e muitas vezes são cobradas para que falem a verdade e até castigadas se não fazem tal coisa. O problema é que, por diversos motivos, a posição dos adultos costuma ser contrária aos valores que até então tentou passar para a criança em relação a mentira.

É comum a criança correr para atender o telefone e ao mesmo tempo o pai ou a mãe manda dizer que: “diga que não estou !!!...” ao telefone, quando não deseja falar com alguém ou até mesmo diz-se que acabou um doce que a criança quer quando isto não é verdade, são exemplos de mentira que a criança pode perceber, constatando que os adultos fazem exatamente o que dizem que não se faz.

A necessidade de mentir:
A necessidade de mentir passa por questões de esquiva de compromissos indesejados, medo da reação do outro frente a comportamentos geradores de atrito, medo das conseqüências da desobediência de leis e da transgressão de valores e outros motivos.

A mentira, quase sempre, permite que a pessoa possa escapar imediatamente de situações difíceis e, é por isto que esta prática fica tão fortalecida culturalmente. O problema é que a mentira pode ocasionar outros problemas, que podem ser graves e que podem demorar a acontecer. As relações podem ficar prejudicadas e outras coisas complicadas podem acontecer como resultado de mentiras. Dependendo da situação, o encobertar uma verdade pode gerar traumas, fobias, sindromes, desvios comportamentais no futuro.

Relação adulto - criança:
Quando, desde pequena, a criança consegue espaço para falar claramente sobre o que fez e pensa, sem que seja punida por causa disto, geralmente desenvolve um relacionamento mais verdadeiro com as pessoas e coisas à sua volta porque se sente mais à vontade para assumir determinadas situações. Neste tipo de relação os adultos devem ter uma postura sem as contradições já ditas e, ao invés de punir, devem explicar porque as coisas não podem ser daquela maneira com argumentos seguros e confiáveis, ensinando comportamentos responsáveis.

Quando a criança passa por situações de punição severa dentro de casa, cada vez que assume alguma coisa para os adultos com quem se relaciona, é muito provável que ela desenvolva o hábito de mentir sobre isto para se livrar do aversivo, com isso a criança, quando se tornar adolescente buscará refugio nos amigos ao invés da família.

Vale salientar que a criança até atingir os 6 ou 7 anos de vida passa pela fase da formação psicológica, e nesse período todo cuidado é pouco para educa-las.

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